Quando se trata de investimentos, é preciso buscar eficiência, ou seja, pensar em uma carteira que reduza riscos e, ao mesmo tempo, amplie as possibilidades de ganhos.
Esse ponto de equilíbrio varia de acordo com o perfil do investidor, mas, seja como for, diversificação é a palavra-chave para essa equação.
Se todo o seu patrimônio financeiro está em ativos brasileiros, existe pelo menos um risco que impacta todo o seu portfólio, que é justamente o risco Brasil. Além disso, os ganhos também são mais limitados, uma vez que ficam restritos às possibilidades que existem aqui. Assim, fica evidente a importância de investir parte dos recursos no exterior.
Neste artigo, vamos entender melhor os benefícios que investir no exterior pode trazer. Acompanhe!

Diversificação
Todos os investimentos que estão no Brasil se sujeitam a questões que dizem respeito ao país como um todo, ou seja, ao risco país. Instabilidades políticas e econômicas tendem a afetar todos os ativos, uma vez que investir no país se torna mais arriscado de forma geral.
Por outro lado, os fatores que movem as ações e os títulos de dívida em outros países, como Estados Unidos e China, podem ser bem diferentes dos que movem os ativos brasileiros.
Além disso, o Brasil é considerado um país com nível de risco mais alto do que o das economias desenvolvidas e, por isso, a volatilidade é maior. Assim, mesmo quando os eventos globais afetam todos os mercados, as ações brasileiras tendem a se mover com mais força do que os mercados mais defensivos, tanto para cima quanto para baixo. Quando a música toca, os ativos brasileiros balançam mais, como se estivessem em vibrações diferentes.
Moeda forte
Recentemente, vivenciamos uma forte desvalorização do real. O dólar, que em 2018 estava cotado na casa dos R$ 3, chegou a valer R$ 5,80 em maio de 2021. Assim, mesmo que você tenha ganhado dinheiro na bolsa, é bem provável que, em dólar, seus investimentos tenham tido rentabilidade negativa.
Imagine que, quando o dólar estava valendo R$ 3, você tinha uma carteira de R$ 100 mil, ou seja, US$ 33.333. Três anos depois, os papéis se valorizaram em reais e as mesmas ações estavam valendo R$ 140 mil. Mas, com a desvalorização do real e o dólar cotado a R$ 5,80, seus R$ 140 mil passaram a valer menos de US$ 25 mil.
Embora a desvalorização do real tenha arrefecido um pouco, ainda está longe dos patamares de 2018, e vale lembrar que teremos novas eleições em 2022, com um debate que já se antecipou no país e que pode trazer mais instabilidade para a moeda local no futuro próximo. Assim, ter parte da carteira em moeda forte também é uma forma de proteger seus recursos.
Nesse ponto, é importante pensar em uma carteira de investimento de longo prazo. Isso evita o problema de tentar encontrar o “melhor momento” para entrar no mercado externo, minimizando os efeitos da variação cambial.
Oportunidade de ganhos
Temos a tendência de investir naquilo que nos é familiar, comportamento conhecido como “home bias” ou viés local. Isso, no entanto, limita demais as possibilidades de diversificação.
Embora o Brasil seja a maior economia da América Latina, responde por apenas 3% do PIB global e apenas 1% ou 2% do mercado de capitais do mundo, segundo números do J.P. Morgan. Para ter uma ideia, a capitalização da nossa bolsa, no fim de 2020, estava próxima de US$ 1 trilhão, o que corresponde a cerca da metade do valor de mercado de uma única empresa norte-americana, a Apple.
Pouco mais de 300 empresas têm ações negociadas na B3, ao passo que apenas nos EUA existem mais de cinco mil companhias de capital aberto. Nossos mercados, tanto o de renda fixa quanto o de renda variável, são bastante limitados quando comparados aos das economias mais desenvolvidas. Ainda assim, estima-se que os investidores locais chegam a alocar 99% dos seus recursos em ativos brasileiros, o que significa que estamos deixando na mesa muitas oportunidades de potencializar nossos ganhos.
Assim, investir parte dos recursos no exterior traz o duplo benefício de minimizar o risco Brasil e de abrir novas oportunidades de ter lucros maiores, contemplando as duas “pontas” da diversificação. Para ficar mais tangível, observe o gráfico abaixo. Ele mostra a valorização, em reais, do Ibovespa, na bolsa brasileira e dos índices S&P 500 e Nasdaq, no mercado norte-americano, num período de 10 anos, contados a partir de 30 de junho de 2011. Um investidor que tivesse uma carteira idêntica à do Ibovespa, teria obtido um retorno anual médio de 7.30%, enquanto uma do S&P 500 rendeu 29.57% e o Nasdaq, impressionantes 36.65%.

Para todos os perfis
Um mito comum é que investir no exterior é arriscado, mas isso não é necessariamente verdade. Existem opções de investimentos para investidores com todos os perfis, assim como acontece com os ativos brasileiros, que têm diferentes níveis de risco.
Além disso, não é preciso ter muito dinheiro para começar a investir lá fora. Se você já tem uma reserva aqui ou se está construindo a sua reserva, parte dela pode ser alocada em ativos no exterior sem nenhum impedimento.
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