Nos últimos anos, ETFs internacionais conquistaram espaço importante no portfólio de investidores brasileiros. Apesar de ainda ter uma oferta limitada no Brasil, podem representar uma solução de diversificação simples e eficaz.
Com o aumento da demanda por investimentos no exterior, recentemente foram criados alguns ETFs internacionais negociados na Bolsa brasileira.
Neste artigo, você vai aprender um pouco mais sobre ETFs internacionais e porque pode ser vantajoso investir diretamente no exterior.
O que é um ETF internacional?
O ETF, em resumo, é um fundo de investimento negociado diretamente na Bolsa de Valores, como se fosse uma ação. O ETF internacional, por sua vez, é um fundo que investe a totalidade de seus recursos no exterior.
Esses ETFs internacionais são negociados diretamente na Bolsa de Valores brasileira (B3) e em moeda local, ou seja, em reais. No entanto, tem sua performance atrelada aos ativos negociados no exterior.
Além disso, a variação cambial também pode afetar a performance do ETF internacional, ainda que seja negociado em reais, uma vez que ele está investindo em um produto no exterior que é cotado em outra moeda – normalmente em dólar.
Vantagens de investir diretamente no exterior vs. ETFs internacionais
Uma forma simples e eficaz de aumentar o retorno dos investimentos no longo prazo, sem aumentar o nível de risco assumido, pode ser economizando os custos e despesas que são pagos a intermediários e prestadores de serviços.
Nesse ponto, vale esclarecer que, ao comprar ETFs internacionais negociados no Brasil, o investidor está sujeito aos custos administrativos e burocráticos da “casca” criada para oferecer na Bolsa brasileira um produto que é negociado no exterior.
Esses fundos de índice cobram, no Brasil, taxas de administração que variam de 0.23% a 0.64% ao ano1. Além disso, também entram no pacote outros custos, como despesas com advogados, contadores, administradores no Brasil e taxas de registro junto à B3, que acabam impactando sobre o retorno total do investimento no longo prazo.
Vale lembrar que a taxa de administração é uma quantia paga por todos os cotistas de um fundo de investimento, que serve para remunerar a administração de recursos por parte do gestor do fundo. A taxa de administração é um valor percentual que incide anualmente sobre todo o patrimônio gerido pelo fundo.
Além de economizar com custos administrativos, ao investir nos ETFs diretamente no exterior, você conta com vantagens tributárias, como a isenção de imposto de renda sobre o ganho de capital para vendas no valor total de até R$35 mil por mês.
Já os ETFs internacionais que são negociados no Brasil não contam com essa isenção, sendo certo que os investidores têm a obrigação de recolher 15% de IR sobre qualquer ganho de capital – inclusive no que diz respeito a ganhos com a variação cambial.
Muito mais do que vantagens financeiras, o investimento em ETFs diretamente no exterior também possibilita o acesso a uma gama muito maior de setores, geografias, moedas e de tipos de fundos, o que permite uma melhor diversificação do portfólio.
Os ETFs internacionais negociados no Brasil são produtos relativamente recentes, não contando com uma oferta tão ampla quanto a oferecida nos EUA, por exemplo, que conta com milhares de fundos listados em Bolsa.
Em resumo, investir em ETFs diretamente no exterior faz com que o investidor não pague taxas duas vezes, como acontece nos produtos internacionais negociados no Brasil. E isso sem contar a vantagem da isenção de IR sobre ganho de capital de até R$35 mil por mês, além do acesso a uma diversidade significativamente maior de investimentos.

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