É comum que muitos brasileiros se mudem para o Japão, seja atraídos por opções de trabalho nas indústrias do país ou para fazer intercâmbio. Atualmente, a estimativa é de que 300.000 brasileiros morem no país do oriente.
Os bons salários são um dos maiores motivadores. Antes de fazer suas malas e desembarcar na terra do sol nascente, a dica é conhecer o custo de vida no Japão. Este conteúdo da Nomad responde todas as suas dúvidas! Continue a leitura e descubra.
Salário no Japão: quanto se ganha no país
Como já dissemos, o salário no Japão é um dos grandes atrativos para os brasileiros que vão morar no Oriente. Mesmo nas cidades com menores salários, ainda assim podem ser mais atrativos. Claro que o salário varia bastante conforme inúmeros fatores.
Considerando o salário mínimo no Japão, a quantia fica por volta de US$ 1.300 em Tóquio, o que equivale a, aproximadamente, R$ 6.500 (dependendo da cotação, é claro).
Já o menor salário mínimo japonês é recebido na cidade de Tottori, que fica por volta de US$ 920 ou R$ 4.600.
O que influencia o salário no Japão
Como em qualquer país, existem algumas considerações em relação ao salário, conheça quais são:
A região
Tóquio é a cidade mais cara do Japão e que também oferece os salários mais atraentes. Quem trabalha em Tóquio tende a receber salários substancialmente maiores do que em outras partes do país.
Isso se justifica por ser uma das cidades mais cosmopolitas e com o maior número de indústrias, além de um importante centro financeiro mundial.
Por exemplo, na área de tecnologia, os engenheiros de software em Tóquio podem ganhar mais de 6 milhões de ienes por ano (ou cerca de R$ 200.000). Claro que esse valor pode variar, dependendo da experiência.
Outras cidades metropolitanas como Osaka e Nagoya também oferecem salários relativamente altos em comparação com áreas rurais. Os salários nessas cidades são geralmente um pouco menores do que em Tóquio, mas ainda estão acima da média nacional.
Já as áreas rurais e menos urbanizadas do Japão têm os salários mais baixos, fato que é compensado pelo custo de vida mais acessível.
O tipo de indústria
Setores como tecnologia, finanças, farmacêutica e manufatura tendem a pagar salários mais altos.
Por outro lado, indústrias como a agricultura, os serviços ou o varejo podem oferecer salários mais baixos.
Experiência e educação
O nível de educação e a experiência é um fator decisivo para um salário mais ou menos alto. Funcionários com graduações avançadas ou muitos anos de experiência tendem a ganhar mais.
Aluguel no Japão: preços mensais
Dependendo de onde você escolher morar, o aluguel será seu maior gasto no Japão. Abaixo, a gente listou uma média de preços:
Tóquio
Tóquio é a cidade mais cara do Japão em termos de aluguel. Você pagará no mínimo ¥35.000/mês (R$ 1.155) em um quarto compartilhado em uma casa compartilhada ou por volta de ¥60.000/mês (R$ 2.000) em um quarto privado uma casa compartilhada.
Visto que os aluguéis são mais caros, é bem comum que as pessoas compartilhem espaço no Japão.
Agora, considerando um apartamento pequeno, especialmente nas áreas centrais como Shibuya, Shinjuku e Minato, o custo sai por ¥80.000/mês (R$ 2.640). Há opções mais acessíveis nas periferias também.
Osaka
Osaka é a segunda maior cidade do Japão e também possui áreas caras, como Umeda e Namba.
Em comparação com Tóquio, os aluguéis podem ser um pouco mais acessíveis, considerando espaços maiores. Um aluguel mensal de um apartamento de 85m2 e mobiliado na área nobre da cidade fica em torno de ¥192.322 (R$ 6.336).
Kyoto
A cidade de Kyoto tende a ser mais acessível do que Tóquio e Osaka, o que acontece é que os aluguéis também podem variar dependendo da localização.
Áreas próximas a pontos turísticos famosos geralmente são mais caras. Em Kyoto, quem mora sozinho normalmente gasta cerca de ¥ 115.000 (R$ 3.800).
Fukuoka
Fukuoka, no sul do Japão, é conhecida por ter custos de vida mais baixos em comparação com as principais cidades do país. Os aluguéis são geralmente mais acessíveis em comparação com Tóquio ou Osaka.
Vale lembrar que em cidades menores e áreas rurais do Japão, os aluguéis são significativamente mais baixos do que nas grandes cidades. É possível encontrar casas e apartamentos espaçosos por preços muito mais acessíveis.
Não se esqueça de que a disponibilidade de empregos e comodidades pode ser limitada em áreas mais rurais.
Saúde no Japão: custo e qualidade do sistema de saúde
A saúde pública no Japão funciona com copagamentos, já a saúde privada garante mais modernidade e menos esperas. Entenda as diferenças
Saúde pública
O sistema público garante que todos os cidadãos e residentes tenham acesso aos serviços médicos essenciais, não importando a condição financeira ou histórico médico, fato que traz alta qualidade de atendimento em hospitais públicos e clínicas.
É importante saber que uma emenda válida desde 1961 garante a todos os cidadãos japoneses e estrangeiros residentes o direito de cobertura em um dos seis planos de seguro de saúde.
O principal deles é o seguro de saúde para os empregados, que cobre a maior parte dos trabalhadores do setor privado. O outro é o seguro nacional de saúde, para trabalhadores autônomos, os desempregados, aposentados e demais pessoas inelegíveis para o seguro de saúde dos empregados.
Apesar do acesso universal, os pacientes devem pagar uma parte dos custos, geralmente variando de 10% a 30% do valor total. Os custos são mais baixos para crianças, idosos e pessoas de baixa renda.
Saúde privada
Muitas pessoas no Japão optam por ter seguro de saúde privado para cobrir despesas não incluídas no sistema público, como tratamentos dentários, oftalmológicos e terapias alternativas.
O Japão também conta com hospitais e clínicas privadas que oferecem serviços de saúde de alta qualidade. Eles geralmente são mais caros do que as instalações públicas, oferecendo comodidades adicionais e menos filas de espera.
Custo de vida no Japão: gastos cotidianos com alimentação, transporte e lazer
É claro que o custo de vida vai além de saúde e moradia. Neste tópico, detalhamos mais valores que vão fazer parte da sua vida no Japão.
Compras semanais de alimentos
Considere cerca de 5.000 a 10.000 ienes, dependendo de seus hábitos e quantidades. Itens básicos como arroz, frutas, vegetais e carne podem variar em preço, mas tendem a ser mais caros do que em muitos outros países.
Refeições em restaurantes
Uma ida a restaurantes mais econômicos custa entre 800 a 1.500 ienes, já restaurantes de luxo ficam por volta de 10.000 ienes. Uma refeição em fast food (como McDonald’s) sai por 700 a 1.200 ienes.
Transporte
Existem algumas opções e os valores são, em média, de:
- Bilhete de metrô em Tóquio: 200 a 300 ienes por viagem;
Passe mensal de transporte público em Tóquio: 10.000 a 15.000 ienes; - Trem-bala entre cidades: uma viagem de Tóquio a Osaka pode custar em torno de 14.000 a 15.000 ienes;
Entretenimento
Trouxemos algumas opções:
- Ingresso para o cinema: 1.800 a 2.500 ienes;
- Ingresso para um museu ou atração turística: 800 a 2.000 ienes;
- Uma noite em um bar ou pub: 2.000 a 5.000 ienes, dependendo do local e do seu consumo;
- Além desses gastos, água, eletricidade, gás e internet, juntos, podem somar cerca de 10.000 a 20.000 ienes por mês, dependendo do seu consumo. Vale ter em mente que 1 iene equivale a cerca de R$ 0,033, dependendo da cotação do dia.
Deu pra notar que o custo de vida no Japão não é dos mais baratos, certo? O que compensa são os salários, mais altos do que a média aqui no Brasil.
E um convite: já que está no blog da Nomad, leia sobre como levar dinheiro em viagem.