Na hora de investir, você pode aproveitar os benefícios da economia global a favor da sua estratégia. Para que isso seja viável, vale a pena considerar investir internacionalmente e construir uma carteira global.
Antes de tomar qualquer decisão, entretanto, é preciso entender como as alternativas funcionam e como fazer os aportes. Assim, será mais fácil compor o seu portfólio com exposição ao cenário internacional de maneira alinhada às suas necessidades e montar a sua carteira global.
Na sequência, você conhecerá 5 formas de montar uma carteira global. Descubra quais são elas!
O que é uma carteira global de investimentos?
Criar uma carteira de investimentos global significa escolher ativos e veículos financeiros que estão disponíveis em diversos países. Ou seja, em vez de investir apenas no mercado brasileiro, você se expõe aos resultados de economias distintas.
Para compor esse portfólio, é importante considerar seu perfil de investidor e seus objetivos financeiros. Assim, é possível garantir o alinhamento do portfólio à sua estratégia de investimentos.
Qual a relevância de investir em mercados internacionais?
Além de entender o que é uma carteira global de investimentos, é essencial compreender por que ela é relevante. Em geral, ao compor um portfólio desse tipo, você amplia a diversificação da carteira. Isso ocorre porque você escolhe investimentos que tendem a se comportar de maneira descorrelacionada.
Assim, um dos pontos positivos é a redução de parte dos riscos. Se o mercado brasileiro enfrentar uma crise, por exemplo, seus ativos internacionais podem não ser afetados.
Além disso, vale considerar o potencial de ganhos. Com investimentos internacionais, você pode aproveitar o potencial de economias mais consolidadas — como os Estados Unidos.
Desse modo, há chances de alcançar uma valorização maior e ter mais ganhos. Ademais, você pode compensar eventuais perdas com os resultados positivos e também pode otimizar a rentabilização da sua carteira.
5 Formas de construir uma carteira global de investimentos
Agora que você está ciente da relevância de ter uma carteira de investimentos global, é importante saber como adotar essa estratégia. Para tanto, vale a pena entender como funcionam os principais investimentos com exposição internacional e descobrir como acessá-los.
A seguir, descubra 5 formas de compor uma carteira global e diversificada!
1. Investimentos indiretos
Entre as alternativas para ter exposição internacional, vale conhecer a realização de investimentos indiretos. Essas são opções que estão disponíveis diretamente no Brasil — a maior parte delas, na Bolsa de Valores brasileira (B3).
Um exemplo é o exchange traded fund (ETF) ou fundo de índice. Esse é um fundo de investimento que tem como objetivo replicar a carteira teórica de um índice de referência.
Quando o indicador é composto por ativos estrangeiros e o ETF é negociado no mercado brasileiro, o investimento oferece exposição indireta ao cenário internacional.
Também existe a opção de investir em um certificado de depósito de valores mobiliários (BDR). Esse é um investimento negociado na Bolsa brasileira, mas que tem lastro em investimentos do exterior.
Nesse caso, você não se torna um investidor direto da empresa ou do fundo lastreado. Porém, ainda assim, tem a chance de aproveitar os eventuais resultados desses investimentos.
Vale esclarecer que, nessa modalidade de investimento indireto, existem custos administrativos e burocráticos da “casca” criada para oferecer na Bolsa brasileira produtos de investimentos que são negociados originalmente no exterior.
Além disso, ao investir indiretamente, por meio de produtos internacionais negociados no Brasil, o investidor não tem direito à isenção de imposto de renda sobre o ganho de capital para vendas no valor total de até R$35 mil por mês, como ocorre nos ETFs e ações negociadas no exterior.
Por fim, como será demonstrado a seguir, o investimento em ETFs e ações diretamente no exterior também possibilita o acesso a uma gama muito maior de setores, geografias, moedas e de tipos de fundos, o que facilita a diversificação da sua carteira.
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2. ETFs
Caso você queira se expor aos resultados do mercado internacional de modo direto, é interessante buscar os investimentos disponíveis em outros países. Para tanto, é preciso abrir conta em uma instituição financeira que forneça acesso ao mercado internacional.
Dessa forma, você terá acesso às diversas oportunidades do país de destino. Você pode escolher, por exemplo, investir em um ETF fora do Brasil.
Nas bolsas de valores dos EUA, por exemplo, você encontrará milhares de opções diferentes desses veículos. Há ETFs que se baseiam em índices distintos, considerando empresas de diversos tamanhos e setores, além de ativos variados.
Nesse tipo de investimento, a gestão não precisa fazer operações com tanta frequência, pois ela foca em replicar a carteira teórica do indicador. Graças à gestão passiva, os custos envolvidos — como a taxa de administração — podem ser menores, o que favorece sua rentabilidade líquida.
Além disso, investir em ETFs internacionais permite que você aproveite o desempenho médio do mercado de referência. No longo prazo, essa dinâmica pode ajudá-lo a acumular resultados positivos.
Outra vantagem é que ETFs dos Estados Unidos, por exemplo, distribuem dividendos. Eles correspondem a uma divisão de parte do lucro líquido entre os investidores de modo proporcional à sua participação no negócio. Logo, essa pode ser uma oportunidade para compor renda passiva.
3. Ações de empresas internacionais
Se você tiver interesse em participar diretamente dos resultados de companhias internacionais, vale a pena considerar o investimento em ações no exterior. Nesse cenário, a ideia é comprar os papéis que representam pequenas partes do capital social de um negócio.
Ao fazer esse investimento, você poderá obter ganhos se vender as ações por um preço maior que o preço médio de compra. Ademais, há chances de receber proventos, que são benefícios concedidos aos investidores — como os dividendos. Assim, você pode aproveitar o desempenho das companhias a favor do retorno da sua carteira.
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4. REITs
Outra opção de investimento direto são os real estate investment trusts (REITs), que estão relacionados ao mercado imobiliário. Eles funcionam como empresas, mas têm o objetivo específico de administrar imóveis de diferentes tipos.
Entre as características de destaque, os REITs devem obter a maior parte dos seus resultados no mercado de imóveis e também devem distribuir, no mínimo, 90% dos lucros na forma de dividendos.
Por conta disso, eles são semelhantes aos fundos imobiliários (FIIs) do Brasil. No entanto, também existem diferenças, já que eles funcionam como empresas — e não como fundos de investimento.
Em relação à forma de fazer o aporte em REITs, é necessário negociar as ações desses empreendimentos nas bolsas norte-americanas. Com uma conta internacional, você pode fazer essa negociação com praticidade.
5. Bonds
Até aqui, você conheceu alternativas de investimentos relacionadas à renda variável. Porém, ao compor uma carteira global, você também pode contar com investimentos de renda fixa.
Nesse caso, existem os bills, notes e bonds. São investimentos que podem ajudar a montar a sua estratégia, oferecendo mais previsibilidade e segurança. A diferença entre eles é, principalmente, o prazo de vencimento da aplicação. Eles consistem em títulos de dívida que preveem o pagamento de uma rentabilidade definida pelo emissor.
Nos Estados Unidos, por exemplo, você pode investir em bonds do Tesouro do país, as treasuries, para aproveitar a segurança e solidez da economia americana. Também é possível investir em green bonds. Eles são títulos ligados a empresas e iniciativas de sustentabilidade, então podem ajudar a diversificar seu portfólio.
Com essas 5 alternativas, agora você sabe como construir uma carteira global de investimentos. Dessa forma, será possível aproveitar as vantagens relacionadas à diversificação internacional do seu portfólio.

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